
Milhões de pessoas ao redor do mundo desejarão uma Feliz Páscoa umas às outras sem ter idéia do que estão de fato dizendo.
Como no mundo capitalista e em sua sociedade de consumo tudo, absolutamente tudo, é passível de ser comercializado, a religião e seus artigos não poderiam ficar de fora.
Os dois maiores e mais significantes feriados no calendário do cristianismo são, de longe, aqueles que movimentam milionárias superiores a todos os outros juntos.
Natal e Páscoa tornaram-se motivo de grandes investimentos e consequentemente grandes vendas. Os símbolos de ambos foram de tal maneira manipulados e distorcidos que chegam a desvirtuar completamente o seu sentido real.
As pessoas identificam imediatamente o bonachão Papai Noel com o Natal e o coelho com a Páscoa.
Será que é apenas uma brincadeira inocente? É óbvio que não! Inocente para os cegos e ingênuos.
Páscoa nunca teve a ver com coelho; Páscoa fala de Cordeiro, e não é qualquer cordeiro não!
É o CORDEIRO DE DEUS, o bendito Agnus Dei que tira o pecado do mundo... Tampouco fala de chocolate, de doces... Páscoa fala de pãos asmos, de ervas amargas, de reflexão e memória de uma grande dor.
Se todos os cristãos juntos boicotassem os costumes pagãos adotados nestas datas, o mercado sofreria um golpe duríssimo mas, para o nosso completo constrangimento, são exatamente os cristãos que alavancam essa grande feira.
Aqueles que deveriam representar a contracultura estão confortavelmente acomodados ao mundo e suas práticas; ninguém se dá ao trabalho de confrontar nada.
Reconheço que é difícil nadar contra o fluxo, contra a corrente forte das tendências mundanas, mas é bom que se lembre que temos duas alternativas apenas:
Ou nadamos contra a correnteza ou somos levados com ela para o abismo. Qual será sua escolha?
Por Luiz Leite
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